De acordo com uma pesquisa do IPG Mediabrands Magna, a compra de mídia digital deve superar a de TV pela primeira vez em 2017. O digital deve se tornar a primeira categoria de publicidade, alcançando market share de 40%, o que representará a movimentação de U$202 bilhões ao redor do mundo. Em comparação, a venda de mídia para TV deve gerar cerca de U$186 bilhões e alcançar um market share de 36%.
No entanto, o grupo WPP prevê que a TV continue dominante, alcançando um share de 41% em 2017, projetando que o digital chegue a 33%. De acordo com o IPG Mediabrands Magna, 2016 será encerrado com um crescimento de 5,7% em compra de mídia, o mais expressivo desde 2010 e equivalente a US$ 493 bilhões ao redor do mundo.
A compra de espaço publicitário para TV se manteve resiliente em 2016, subindo 4% e chegando a um total de US$ 186 bilhões. Porém, a Magna espera uma queda de 0,1% no ano que vem. A publicidade digital cresceu 17% este ano, movimentando US$ 178 bilhões. Até 2021, a empresa espera que a compra de mídia no digital ocupará um share de 50%, movimentando US$ 299 bilhões, enquanto a TV estagnará em US$ 195 bilhões e um share de 33%. Espera-se também que a maioria das vendas de mídia digital seja gerada por impressões mobile.
Marketing Digital e o Aumento de Orçamentos
O Marketing Digital será responsável por mais de 75% dos orçamentos em 5 anos! É o que afirma uma pesquisa realizada recentemente pela Accenture com diretores de marketing. Segundo ela, esses profissionais sabem que todo o mercado está caminhando para o digital, mas gerenciar essas mudanças ainda é a maior barreira para a implementação de iniciativas para 42% dos CMOs (Chief Marketing Officers) entrevistados.
Além disso, a pesquisa da Accenture identificou que 78% dos Experts concordam que o marketing passará por grandes mudanças nos próximos 5 anos e 37% deles acreditam o marketing digital terá aquela fatia (dos 75%) nos investimentos antes dos 5 anos e, destes, 50% será destinado apenas para o mobile.
Como falamos em um de nossos posts, houve uma mudança drástica na forma de acesso, com o surgimento dos celulares smartphones e tablets o acesso por desktop foi muito reduzido, sendo observado a ser usado ainda muito por empresas que buscam algo na internet durante o horário comercial, o que é ótimo para muitos nichos se prevalecerem. Mas a realidade é que hoje já 90% dos acessos, principalmente do varejo e consumidor final são oriundos de aparelhos mobile, salve algumas exceções que percebemos em horários ou situações específicas como citamos antes. Campanhas móbile são a tendência para o mercado, seja por web nos buscadores e redes sociais ou até mesmo por mensagens via telefonia.
Um dos pontos mais interessantes dessa pesquisa foi o crescimento na utilização de todos os meios de comunicação disponíveis para o marketing. Até a propaganda no rádio, que era visto pela maioria como algo obsoleto, se mostrou tão importante quanto a TV ou Displays online. Os diretores de marketing acreditam também que o crescimento dos investimentos e das inúmeras ferramentas da chamada internet 2.0 (como redes sociais) podem culminar no fim do telemarketing tradicional.
Em meio à recessão, Google vê espaço para avanço de marketing digital no Brasil.
Em meio à recessão, Google vê espaço para avanço de marketing digital no Brasil
O Google ainda vê espaço para crescimento do marketing na internet no Brasil, mesmo em meio à recessão, devido à crescente digitalização da economia, disseram executivos da empresa, que lançou um relatório sobre o tema nesta segunda-feira. De acordo com a pesquisa, contratada junto à Deloitte e chamada Impacto Econômico do Google, em 2015, empresas que contrataram os serviços de anúncios AdWords do Google tiveram uma estimativa de retorno entre R$ 3,40 e R$ 8 para cada R$ 1 investido neste tipo de publicidade.
A piora no cenário econômico brasileiro neste ano atingiu o mercado de publicidade na internet, embora de forma menos acentuada, afirmaram executivos do Google, que elaborou a pesquisa em um momento em que rivais como o Facebook estão incrementando sua presença na América Latina.
— A crise afeta o crescimento como um todo, mas no digital isso se sente um pouco menos, porque ainda tem espaço para muitas coisas. A situação do Brasil ainda é de muito espaço para crescimento — disse o gerente de comunicação do Google, Rafael Corrêa.
Mesmo com perspectivas mais pessimistas, de uma recuperação mais lenta da economia para 2017, o diretor de relações institucionais do Google Brasil, Marcelo Lacerda, acredita que o ritmo de crescimento do modelo de marketing online deve se manter estável.
— Acho que vai continuar na mesma toada. Pode não ter grandes avanços, mas também não vai ter grandes perdas.
O Google, que não divulga dados sobre faturamento no Brasil, afirmou que o levantamento da Deloitte apurou que empresas e criadores de conteúdo que usaram os serviços da empresa "contribuíram com até 37 bilhões de reais para a economia brasileira em 2015" e que essa atividade econômica apoiou manutenção de até 430 mil empregos em diversos setores.
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Como um todo, o Google teve um aumento de 20 por cento na receita global no terceiro trimestre, para 22,45 bilhões de dólares, apoiada em anúncios em dispositivos móveis e no YouTube.
Para os próximos dois anos, a empresa prevê uma série de investimentos no Brasil, incluindo o lançamento de uma nova estrutura de computação em nuvem voltada aos serviços empresariais GSuite em São Paulo, anunciada em setembro.
Além disso, a empresa pretende lançar em 2017 o cabo de Internet submarino chamado Monet, em parceria com um consórcio de companhias, que liga Boca Raton, nos Estados Unidos, à Fortaleza, no Ceará, e Praia Grande, em São Paulo. A companhia tem ainda mais dois projetos do tipo, porém, ainda não há previsão de inauguração.